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No entanto, para subir um degrau e encarar Sebastian Vettel,
Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton e Alonso de igual para igual, o brasileiro
precisa ir além. Precisa deixar de conquistar apenas bons resultados, e somar
alguns pontinhos, para vencer. E a hora é agora. Neste domingo, no GP da China.
Além de elevar a autoconfiança – algo fundamental para
alguém que sonha voltar a disputar um título mundial –, Massa aplicaria
importante vantagem psicológica sobre Alonso. Todos sabem que o espanhol sempre
era protegido na Renault, onde foi bicampeão mundial, e agora é na Ferrari.
Quando esteve na McLaren, e acabou pressionado pelo então companheiro Lewis
Hamilton, não foi o mesmo. Perdeu alguns décimos.
Agora é a vez de Massa se aproveitar da situação. Mas tem
que ser agora…
A vitória também agitaria o ambiente da Ferrari. Mestre na
arte de fazer o chamado jogo de equipe – que não é contra as regras, diga-se de
passagem –, especialmente quando o piloto queridinho – ontem Michael
Schumacher, hoje Alonso – precisa contar com a ajuda de escudeiro – ontem
Rubens Barrichello, hoje Massa –, o time de Maranello terá que começar a
cogitar (somente cogitar) a hipótese de inverter os papéis e, contra a própria
vontade, ajudar o brasileiro.
No entanto, repito: a vitória tem que vir agora, no GP da
China. Depois pode ser tarde demais.
Isso, é claro, sem falar da briga pelo caneco. Massa é
atualmente o quinto colocado e está 18 pontos atrás de Vettel, o líder.
DE OLHO NO FUTURO – A situação de Felipe Massa na Ferrari é
incerta. Seu contrato, renovado no ano passado na bacia das almas, termina este
ano. E mesmo que receba proposta para prolongar o compromisso com o time
italiano por mais uma ou duas temporada, Massa, enquanto estiver dividindo boxe
com Alonso, será segundo piloto – correndo o sério risco de ser comparado
futuramente com Rubens Barrichello.
É o momento de Massa prospectar. Mark Webber não fica na Red
Bull. Será que o brasileiro não teria alguma chance? Por mais que Vettel seja o
protegido, a escuderia das bebidas energéticas tem por tradição deixar o ‘pau
cantar’ entre seus pilotos com mais liberdade que a Ferrari – apesar de também
ter restrições.
Outro caminho interessante é a Lotus. O francês Romain
Grosjean, que em 2012 mostrou ser extremamente rápido, mas extremamente
atrapalhado também – especialmente nas primeiras voltas –, neste ano está livre
das confusões, mas nem de perto é aquele cara de tirar voltas velozes da
cartola. E se continuar assim, uma porta pode se abrir para Felipe.
Um dos pontos positivos é o fato de Kimi Raikkonen não ser
um problema para Massa. Os dois foram companheiros de equipe na Ferrari. Em
2007, o brasileiro ajudou o ‘Homem de Gelo’ ser campeão Mundial. Na temporada
seguinte, Kimi se sacrificou por Felipe, que, infelizmente, acabou perdendo o
título para Hamilton, na época piloto da McLaren.
Mercedes-Benz, com Hamilton e Nico Rosberg, e McLaren, com
Jenson Button e Sérgio Pérez, são carta fora do baralho. E qualquer outra
equipe, convenhamos, não oferecerá condições de brigar por pódios, vitórias,
títulos.
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