quinta-feira, 11 de abril de 2013

Coluna Caixa de Brita: Massa precisa vencer. E tem que ser domingo, na China

Marcelo Monegato
marcelomonegato@dgabc.com.br
@caixadebrita

As duas primeiras etapas do Mundial 2013 de Fórmula 1 – GPs da Austrália e da Malásia – apresentaram um Felipe Massa muito diferente em relação àquele das últimas temporadas. Está veloz, combativo e extremamente consistente. Foi sistematicamente superior ao companheiro de equipe – e favorito ao título – Fernando Alonso. E está na frente do espanhol no Campeonato de Pilotos: 22 pontos (quinto colocado), contra 18 do asturiano (sexto).

No entanto, para subir um degrau e encarar Sebastian Vettel, Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton e Alonso de igual para igual, o brasileiro precisa ir além. Precisa deixar de conquistar apenas bons resultados, e somar alguns pontinhos, para vencer. E a hora é agora. Neste domingo, no GP da China.

Além de elevar a autoconfiança – algo fundamental para alguém que sonha voltar a disputar um título mundial –, Massa aplicaria importante vantagem psicológica sobre Alonso. Todos sabem que o espanhol sempre era protegido na Renault, onde foi bicampeão mundial, e agora é na Ferrari. Quando esteve na McLaren, e acabou pressionado pelo então companheiro Lewis Hamilton, não foi o mesmo. Perdeu alguns décimos.



Agora é a vez de Massa se aproveitar da situação. Mas tem que ser agora…

A vitória também agitaria o ambiente da Ferrari. Mestre na arte de fazer o chamado jogo de equipe – que não é contra as regras, diga-se de passagem –, especialmente quando o piloto queridinho – ontem Michael Schumacher, hoje Alonso – precisa contar com a ajuda de escudeiro – ontem Rubens Barrichello, hoje Massa –, o time de Maranello terá que começar a cogitar (somente cogitar) a hipótese de inverter os papéis e, contra a própria vontade, ajudar o brasileiro.

No entanto, repito: a vitória tem que vir agora, no GP da China. Depois pode ser tarde demais.

Isso, é claro, sem falar da briga pelo caneco. Massa é atualmente o quinto colocado e está 18 pontos atrás de Vettel, o líder.

DE OLHO NO FUTURO – A situação de Felipe Massa na Ferrari é incerta. Seu contrato, renovado no ano passado na bacia das almas, termina este ano. E mesmo que receba proposta para prolongar o compromisso com o time italiano por mais uma ou duas temporada, Massa, enquanto estiver dividindo boxe com Alonso, será segundo piloto – correndo o sério risco de ser comparado futuramente com Rubens Barrichello.

É o momento de Massa prospectar. Mark Webber não fica na Red Bull. Será que o brasileiro não teria alguma chance? Por mais que Vettel seja o protegido, a escuderia das bebidas energéticas tem por tradição deixar o ‘pau cantar’ entre seus pilotos com mais liberdade que a Ferrari – apesar de também ter restrições.

Outro caminho interessante é a Lotus. O francês Romain Grosjean, que em 2012 mostrou ser extremamente rápido, mas extremamente atrapalhado também – especialmente nas primeiras voltas –, neste ano está livre das confusões, mas nem de perto é aquele cara de tirar voltas velozes da cartola. E se continuar assim, uma porta pode se abrir para Felipe.

Um dos pontos positivos é o fato de Kimi Raikkonen não ser um problema para Massa. Os dois foram companheiros de equipe na Ferrari. Em 2007, o brasileiro ajudou o ‘Homem de Gelo’ ser campeão Mundial. Na temporada seguinte, Kimi se sacrificou por Felipe, que, infelizmente, acabou perdendo o título para Hamilton, na época piloto da McLaren.

Mercedes-Benz, com Hamilton e Nico Rosberg, e McLaren, com Jenson Button e Sérgio Pérez, são carta fora do baralho. E qualquer outra equipe, convenhamos, não oferecerá condições de brigar por pódios, vitórias, títulos.

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