sexta-feira, 29 de março de 2013

No caminho para passar de nanica a pequena, Marussia pode ter motores Ferrari em 2014

Dérek Bittencourt
derekbittencourt@dgabc.com.br
@_stopandgo

Escuderia russo-britânica negocia propulsores com Ferrari e Mercedes

Na disputa entre as nanicas Marussia e Caterham na parte final do pelotão, a escuderia russo-britânica tem levado vantagem sobre a malaia. Com quatro pilotos estreantes, as equipes conseguiram levar os quatro carros até o fim, mas o time vermelho e preto teve desempenho mais destacado, por vezes incomodando a veterana WIlliams. E grande parte disso se deve aos bons resultados do francês Jules Bianchi, que faz bom início de temporada - foi 13º na Malásia - e mostra ter futuro promissor.

Mas voltando aos carros, a Marussia pode ganhar um upgrade em seu status para a temporada 2014. Único time a ter fornecimento dos motores da Cosworth em 2013, no ano que vem pode ganhar a marca Ferrari ou Mercedes nos seus propulsores, que passarão a ter configuração V6 turbo - a fornecedora atual deverá deixar a Fórmula 1 antes do início dessa nova era de motores. E movida a tecnologia italiana ou alemã, a escuderia russa tem tudo para passar de nanica a pequena, ou até mesmo intermediária, batendo de frente com Williams, Toro Rosso - que anunciou recentemente a negociação para trocar Ferrari por Renault - e Sauber.

"Vamos conversar com as duas (empresas)", disse o chefe executivo da equipe, Andy Webb, que analisará melhor custo-benefício e espera definição até o fim de abril. "É claro que o preço será um fator importante, porque o custo será significativamente maior do que os motores atuais. E nós precisamos ter certeza que escolhemos o parceiro certo. Espero poder anunciar a nossa decisão nas próximas quatro semanas", completou.

De acordo com o dirigente, o carro da Marussia de 2014 já está no túnel de vento e a escuderia já reuniu diversos dados, requisitos e informações para a nova configuração de motores no próximo ano. Os propulsores da Ferrari são apontados como favoritos a fornecedores da equipe russo-ritânica, sobretudo pela relação entre Jules Bianchi e a escuderia italiana - em 2011, foi piloto de testes do time de Maranello e teve auxílio dos ferraristas para ganhar chance de ser titular da Marussia nesta temporada - justamente na vaga deixada pelo brasileiro Luiz Razia.

A ascensão da equipe russo-britânica é tão empolgante que o próprio Bianchi já sonha um passo adiante: avançar do Q3 ao Q2 nos treinos classificatórios e buscar um hoje improvável mas ambicioso décimo lugar na corrida. "No qualificatório na Malásia estivemos a apenas 0s3 atrás da Williams. Se compararmos ao ano passado, eles eram dois segundos mais rápidos do que nós. Isso não é ruim, é? Acredito que se a gente continuar assim (evoluindo), poderemos começar a pensar no Q2 e se continuarmos sonhando quem sabe no primeiro ponto no campeonato", exaltou.

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