quarta-feira, 20 de março de 2013

Coluna Caixa de Brita: Para Ferrari, melhor Alonso em segundo que Massa em primeiro


Marcelo Monegato
marcelomonegato@dgabc.com.br
@caixadebrita


Felipe Massa terá de ser sobrenatural – dentro e fora das pistas – para sonhar em voltar a disputar um título pela Ferrari. O Grande Prêmio da Austrália, realizado no domingo no circuito de Albert Park, e vencido pelo surpreendente finlandês Kimi Raikkönen com seu Lotus, mostrou que a escuderia de Maranello prefere ver Fernando Alonso vice do que o brasileiro campeão.


Aquele lero-lero de que quem estivesse melhor teria preferência sempre foi conversa para boi dormir!

Em Melbourne, Massa largou na frente do espanhol. Nas primeiras voltas não apenas segurou o ímpeto do companheiro de equipe, como também foi constantemente mais rápido, não permitindo que Alonso se aproximasse com chances de tentar a ultrapassagem. Era nítida a ligeira superioridade do brasileiro.

No entanto, a decisão da Ferrari de oferecer a Alonso a melhor estratégia – antecipou a segunda parada para troca de pneus do asturiano –, segurando Massa na pista com os pneus desgastados duas voltas a mais, escancarou logo na primeira etapa do Mundial que Massa é sim segundo piloto – aliás, sempre foi e sempre será enquanto o espanhol for seu companheiro de equipe.

E não me venham com a história de que foi o espanhol quem decidiu tomar a decisão de antecipar a parada. Seriam mais 'lorotas' ferraristas...

Claro que a decisão da escuderia não surpreende. Alonso é o cara na Itália. Na Austrália, porém, se os estrategistas italianos pensassem no melhor para o time, teriam antecipado a parada de Massa, que era mais rápido e poderia sim ter ameaçado Kimi nas voltas finais. Dizer que o brasileiro venceria é muita ousadia. Mas que ele mostrava ter melhores chances, isso era nítido.

Por isso, Massa terá que ser sobrenatural. Fora das pistas, precisa conquistar – e não apenas cativar (ser um cara simpático) – os integrantes da equipe. Algo idêntico ao que Nelson Piquet fez em 1987, quando partiu para uma guerra interna na inglesa Williams contra o inglês Nigel Mansell a partir de decisões ousadas, que encurtaram sua permanência no time, mas que resultaram em um título mundial.

Dentro do cockpit, Massa deverá fazer o que fez na Austrália. Ser combativo. Arrojado. E errar o mínimo possível. Mesmo assim, ainda será difícil...

CIRCO CHEGA À MALÁSIA - Domingão tem mais Fórmula 1. O circo será montado na Malásia – uma legítima sauna a céu aberto. Será mais uma oportunidade de os pilotos testarem o comportamento dos pneus, tão fundamentais e decisivos na etapa australiana.

Grandes novidades, no entanto, não deverão ser vistas. A Red Bull com Sebastian Vettel é o carro mais rápido em poucas voltas. A pole deve ficar mais uma vez com o alemão. Ferrari tem excelente ritmo de corrida e parece ter se adaptado muito bem aos novos pneus Pirelli. Se melhorar o ritmo de prova – e fazer boa classificação –, a Mercedes, principalmente com Lewis Hamilton, é candidata à vitória. Kimi e a Lotus se posicionam definitivamente entre os favoritos.

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