sexta-feira, 22 de março de 2013

Temporada da Fórmula Indy começa domingo;
Will Power termina 1º dia de treinos na frente

Dérek Bittencourt
derekbittencourt@dgabc.com.br
@_stopandgo

Largada da etapa de St. Pete em 2012

A temporada 2013 da Fórmula Indy começa para valer no domingo com o Grande Prêmio de St. Petersburgh, na Florida, Estados Unidos. Os 25 pilotos que disputarão as 19 etapas do calendário da categoria norte-americana (quatro a mais do que no ano passado, sendo 13 mistos e seis ovais) iniciaram nesta sexta-feira os treinos livres, que foram dominados pelos atuais campeão e vice. Vencedor da temporada 2012, Ryan Hunter-Reay, da Andretti, foi o mais rápido na primeira atividade, com 1min02s453, mas o atual tri-vice-campeão, o australiano Will Power, da Penske, bateu o rival na segunda sessão e inclusive cravou o tempo mais rápido do dia: 1min01s446.

Os brasileiros tiveram atuação apenas discreta. Confirmados para a temporada, teremos Helio Castroneves, da Penske, e Tony Kanaan, da KV Racing. Já Bia Figueiredo acertou com a Dale Coyne para correr esta primeira etapa em St. Petersburgh e deve negociar mais aparições - inclusive na São Paulo Indy 300, nos dias 3 e 4 de maio, dependendo dos resultados obtidos. Na segunda sessão de treinos nesta sexta-feira, Helinho (vencedor da prova em 2012) foi o sexto melhor, com o tempo de 1min01s785, seguido por Kanaan, o sétimo com 1min01s808.

Já Bia Figueiredo ficou com o 25º e último tempo, mais de dois segundos atrás do tempo de Will Power, com 1min03s967. A brasileira deu apenas oito voltas por problemas no carro, mas o desempenho foi totalmente contrário ao da outra mulher da categoria, a suíça Simona de Silvestro, companheira de Kanaan na KV, que teminou com a terceira marca: 1min01s689.

O treino classificatório para o GP de St. Petesburgh será neste sábado, às 15h05. Para a corrida no domingo, às 13h40, no circuito misto de rua, estão previstas 110 voltas.

Helio Castroneves comemora vitória em St. Pete no ano passado


MUDANÇAS PARA 2013

A principal alteração na categoria para este ano é no número de corridas, que passou de 15 para 19. E grande parte disso deve-se ao fato de três etapas (Detroit, Toronto e Houston) receberem rodadas duplas, ou seja, uma corrida no sábado e outra no domingo - resgatando uma tradição dos anos 1970. Aliás, as etapas de Toronto e Houston iniciarão com largada parada, ou seja, com os carros aguardando a luz verde, a exemplo do que acontece atualmente na Fórmula 1.

O sistema push-to-pass, que serve para auxiliar os pilotos no momento da ultrapassagem, passou a ser limitado a dez acionamentos por corrida, diferentemente do ano passado, quando a utilização era definida por tempo - variável de corrida a corrida.

Cada carro poderá utilizar no máximo cinco motores para toda a temporada. Eles só poderão ser trocados quando atingirem 3.200 quilômetros de uso. Caso alguma dessas duas regras seja desrespeitada, o piloto perderá dez posições no grid de largada daquela etapa (exceção feita a Indianápolis - nessa situação a penalidade é transferida à prova seguinte, em Detroit).

A tábua de pontuação também sofreu alteração. Agora, do 18º ao 25º colocado, os pilotos não recebem mais todos o mesmo número de tentos (12). Quem terminar na 18ª posição segue recebendo os 12 pontos, mas daí em diante são decrescidos um a um, ou seja, o 19º fatura 11, o 20º, dez, e assim sequencialmente. Do 26º em diante (para as provas com maior número de participantes como as 500 Milhas de Indianápolis), todos os concorrentes anotam cinco e não mais dez tentos. 

E como bonificação, neste ano os pilotos que liderarem ao menos uma volta também receberão ponto extra, assim como já acontecia com o dono da pole position (exceção feita às etapas de Indianápolis e Iowa). Aquele que liderar a prova por mais voltas garante dois tentos.


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